Estamos numa época em que ter
trabalho é sem dúvida um privilégio, contudo, é difícil aceitar que nós, os jovens adultos, estamos cada vez mais, colocados de lado no que diz respeito ao
mercado de trabalho.
Desde que terminei o curso, estive um ano à procura de
trabalho na minha área. C
heguei a ouvir coisas como ter habilitações a mais, idade a menos ou até mesmo coisas como
"apesar das suas excelentes qualificações optamos por escolher alguém prata da casa".
Como muitos jovens licenciados e frustrados,
vi-me obrigada a arranjar trabalho num call-center (e acreditem, trabalhei em muitos). Neste setor, a exploração é muita, e as condições são tão más que os insultos dos clientes são o menor dos nossos problemas.
Numa visão mais clássica, classifica-se
mercado de trabalho como um produto, pelo qual os trabalhados atuam como vendedores e os empregados como compradores.
A realidade é tão simples quanto isso.
Para
Karl Marx, o
mercado de trabalho caracteriza-se pela luta de classes entre a luta de classes entre os trabalhadores e a burguesia, e na
desigualdade de distribuição das riquezas e do poder.
Atualmente, um
trabalhador inserido no
mercado de trabalho, além de não ter garantias, deve estar preparado para as constantes pressões sejam elas para gerar lucro, produtividade ou até mesmo inovação.
Pessoalmente, e apesar de encontrar num trabalho que está muito longe daquilo que
ambicionava para mim, não troco o certo pelo incerto. Ter um curso superior não me diz nada,
apenas me diz que realizei um dos meus objetivos de vida com sucesso.
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Etiquetas: mercado de trabalho, sociedade, sociedade e comportamento, trabalho